Crítica - Stranger Things 2ª Temporada


 Uma das minhas séries preferidas está finalmente de volta. Após um ano e meio de espera, finalmente é-nos entregue a segunda temporada de Stranger Things.
 Quando saiu a primeira temporada, esta série surpreendeu-me imenso! Além de ser excelente, com um grande fator nostálgico e excelentes personagens, o programa conseguiu ganhar uma enorme base de fãs em pouco tempo, tornando-se uma das séries mais faladas do momento.
 Esta segundo capítulo passa-se um ano após o primeiro, e traz-nos mais uma vez o grupo das crianças, no qual Will continua sob a influência do "Mundo Invertido", sendo através dele que se percebe que se aproxima uma grande ameaça. Enquanto isso, Eleven mantém-se escondida do mundo para sua própria segurança.
 A primeira temporada levantou muitas perguntas, criou imensas teorias, e deixou-me simplesmente curioso para saber o que vinha a seguir. Posso dizer que no segundo ano da série, muitas questões são resolvidas, aliás a maior parte delas, mas também levanta algumas. Há uma enorme expansão de universo, que traz mais temas e refresca a história que toma novas rumos.
 O que mais me interessou aqui, tal como na temporada passada, foram as personagens. São todas muito bem trabalhadas, e os diálogos e interações entre elas são muito bons. Desde a relação do Xerife Hopper com Eleven, que se assemelha a uma relação de pai e filha, às aventuras das crianças, é tudo muito bem trabalhado.
São introduzidas novas personagens, das quais destaco a Max, a nova integrante do grupo dos miúdos, que apesar de não ser a personagem mais original de sempre, é uma boa edição à série.
Outra personagem que gostei muito foi o Steve, que na primeira temporada não achava nada de especial, mas aqui foi-lhe dado mais espaço para crescer dentro da série.


 O roteiro surpreendeu-me bastante, pois enquanto no primeiro ano da série, apoiava-se um pouco demais na nostalgia, aqui no segundo ano é diferente. Temos sim uma enorme presença de referências e homenagens aos anos 80, no entanto, a série expande-se, inova e refresca a sua história, não se apoiando tanto na bengala da nostalgia.
 Quero também destacar a edição dos episódios, em especial do terceiro, cuja última cena é editada extremamente bem, de forma a criar uma tensão muito boa. 
 A nível técnico, nota-se uma enorme evolução. Os efeitos especiais são muito bons, há aqui um bom trabalho entre efeitos práticos e CGI. Além disso, a fotografia é linda, assim como a criação de cenários.

 Stranger Things mostrou também um lado mais dramático este ano, com cenas tristes e às vezes até pesadas. Além disso, nota-se maior tensão, um lado mais "assustador", e fui surpreendido pela quantidade de sangue e "gore" que não estava nada à espera.
 Até metade desta temporada, eu estava quase para dizer que ela era melhor que a primeira. Até que a série toma rumos diferentes, e apresenta novos temas. A princípio isso deixou-me um tanto confuso, e tirou-me um pouco da série. Contudo quando me apercebi da excelente construção e expansão de mundo da série, reparei que isso numa segunda visualização, não se tornaria um problema para mim, elevando assim esta temporada a um patamar acima da primeira.
 No que toca a falhas, algumas coisas são um pouco previsíveis. Aqui ou ali, conseguia adivinhar o que ia acontecer, pelo rumo da história, ou direção da cena. No entanto, não foi algo que atrapalhasse em demasia.
 Stranger Things consagra-se mais uma vez como uma das minhas séries preferidas, com excelentes personagens, atuações, roteiro bem trabalhado com uma fenomenal criação de universo, uma ótima direção de episódios e efeitos excelentes.
Nota:9,5/10

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