Crítica - Halloween


"Halloween" foi realizado por David Gordon Green e protagonizado  por Jamie Lee Curtis, Nick Castle e Andy Matichak. Nesta sequela do filme original, temos a volta de Jamie Lee Curtis que interpreta uma Laurie Strode traumatizada pelo seu passado e atormentada pela possível volta do assassino Michael Myers.
 No que toca a filmes do género slasher, posso dizer que são poucos aqueles que me verdadeiramente assutam ou arrepiam, mas o original "Halloween" de 1978 é tão psicologicamente retorcido que me sugou para o seu mundo de uma forma natural e continua a assutar-me desde que o vi. A tarefa desta nova produção  era conseguir entregar uma sequela que fosse digna do clássico que marcou este género, e na minha opinião a tarefa foi bem sucedida. Esta sequela não é nem de perto tão assustadora quanto o primeiro filme, mas  David Gordon Green consegue entregar cenas repletas de tensão ao jogar com a câmara, com o uso de um planos sequência  muito empolgante, e ao brincar com as luzes para criar sequência s arrepiantes, tais como uma cena que envolve um sensor de luz, que eu achei extremanete divertida.


 O estudo da personagem Laurie Strode foi um bom elemento do filme. Jamie Lee Curtis entrega todo o peso e trauma que a personagem sente, ainda que ache que tal pudesse ter sido mais trabalhado, não deixa de ser ótimo que tenham tomado este rumo com a protagonista. Protagonista essa que em muito me fez lembrar da personagem Sarah Connor no filme "Terminator 2: Judgement Day", devido ao treino para derrotar Michael e loucura pela sua possível volta. Isto rende cenas de ação extremamente empolgantes, e muito concretizantes num ponto de vista do espetador.
 O filme peca em alguns aspetos. Existe uma reviravolta no ínicio do terceiro ato, que quase me tirou por completo do filme. Não fazia sentido dentro do que tinha sido apresentado antes e, além disso, o realizador parece desisitir da ideia dois minutos depois o que me fez pensar que toda aquela reviravolta é feita apenas pelo propósito de haver um ponto de virada no roteiro. Posto isto, também penso que certas personagens, tais como, os polícias, que não acrescentam muito à trama, acabam por retirar tempo de tela a personagens que se provaram mais dinâmicas e interessantes.


 A violência do filme impressionou-me numa maneira positiva. Há cenas brutais, e imagens de uma natureza retorcida, que reenforçam  a forca de Michael Myers como um assasino poderoso.
 Sobre os sustos do filme, confesso que houve um que me conseguiu apanhar, e o que mais me agrada, é que tal como no original, todos os sons são reais, e não apenas um barulho alto para nos acordar.
 O terceiro ato é com certeza o ponto mais forte. Parecia que estava a ver um filme de ação com elementos de terror. O realizador explora a casa/fortaleza de Laurie Strode ao criar diversos elementos tais como armadilhas e utensílios que fazem com que tenhamos um climax tenso mas também divertido.
Por falar em diversão, a comédia funciona muito bem, não estava à espera que fizessem tanto uso de humor, contudo penso que foi feito de forma natural e não gratuita.
 "Halloween" de 2018 é uma sequela que faz juz ao seu antecessor. Não é extremamente aterrador, mas é muito divertido, tenso, com ótimas sequência de ação, cenas horripilantes e uns leves toques de humor.
Nota:7,8/10

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