Crítica - A Star is Born


''A Star is Born" é o remake dos clássicos com o mesmo nome, desta vez realizado por Bradley Cooper que também protagoniza o filme a par de Lady Gaga. O filme reconta a história de um artista em queda, consumido pela bebida e drogas que se reencontra na personagem de Lady Gaga e a convida a entrar no mundo da fama musical.
 Estava mais que interessado por este filme por várias razões, mas as que mais destaco são este ser o primeiro filme realizado por Bradley Cooper, e também porque queria ver como se iria sair a artista Lady Gaga. Saí do cinema mais que surpreso, este filme é sem sombra de dúvidas um dos melhores que tivemos este ano.
 A história de "A Star is Born" não é das mais originais, temos uma personagem famosa em queda que encontra alguem que o inspira. Isto não é novo, já foi feito, não só nos clássicos originais do mesmo nome, como também em outros filmes do tipo. Contudo, o filme tem mais a dizer. A realizacão de Bradley Cooper é fenomenal, o realizador trabalha muito bem as cenas de concertos, com uma energia surreal e uma dinâmica muito boa. Não só como realizador mas também como ator, penso que este foi dos seus melhores papéis até então. O ator transmite toda a armagura da personagem e também a ternura perante a personagem de Lady Gaga. E por falar em Lady Gaga, que performance! Eu não sou o maior fã das músicas da atriz, contudo esta já me tinha surpreendido antes na série "American Horror Story" onde tinha revelado, para mim pelo menos, uma grande capacidade e poder de atuação. Neste filme ela faz não só muito bom uso dos seus dons vocais, com músicas que me arrepiaram, como também consegue ser engraçada e carismática, e transmitir também o peso que a personagem carrega. É com certeza uma das melhores interpretações do ano.


 As canções do filme são muito boas, não só musicalmente como também a história e o peso emocional que estas carregam, fazem o espetador sentir-se no meio do espétaculo e sentir tudo o que os personagens estão a passar, desde sentimentos de felicidade, a uma tristeza que permeia algumas das performances. Nota-se aqui um bom trabalho de escrita musical, e vocais, no qual Lady Gaga e Bradley Cooper trabalharam muito bem, e espero eu, seja reconhecido quando chegarmos à época dos Oscars.
 O uso das luzes no filme é muito bom, em especial nas cenas de concertos, que graças às luzes, criam uma maior inclusão e imersão no grande espétaculo que é um concerto.


 Este filme falou comigo em alguns pontos. Sendo parte de uma banda, consegui relacionar-me com as personagens em diversos aspetos, como a personagem de Lady Gaga a ficar acordada até as quatro da manhã porque teve uma ideia para uma letra de uma música, ou a mesma personagem a explicar a Bradley Cooper como soava a música que tinha em mente. Tudo detalhes pequenos, com os quais me identifiquei, e me deram uma maior experiência e imersão na história.
 No final das contas, Bradley Cooper não podia ter tido um melhor início como realizador. A história pode não ser das mais originais, mas os diálogos, atores, música e emoção, elevam o material de tal forma, que torna esta produção uma das melhores do ano.
Nota:9/10

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